Esta Noite Dançamos - Capitulo 30

Confesso que me senti tentada a postar dois capitulos mas contive-me.

Bem devo dizer que este capitulo é uma roda viva. Se calhar não devia ter abusado tanto, mas no dia em que escrevi isto devia estar numa montanha russa de sentimentos.

Desculpem por ser enorme :x

 

Maria, Bill, Tom e Sylvia olharam em redor, à primeira vista não conseguiram identificar Ana.

- Cá para mim ela encontrou um rapaz qualquer e está a divertir-se… porquê essa preocupação toda? – comentou Sylvia já farta que as atenções estivessem todas concentradas em Ana. Reparara que até Tom estava cegamente preocupado e já não lhe ligava nenhuma.

- Olha se tu queres ficar inteirinha, é melhor fechares essa tua boca de cabra, porque acredita que estou em condições de te bater! – disse Maria já irritada com as suas queixas.

-Tom, admites que ela me trate assim? – retorquiu Sylvia abraçando-o. Ele nem reparara, olhava para todos os lados tentando encontrar Ana. – Tom? – insistiu Sylvia tentando captar o mínimo das atenções a Tom.

- Que foi? – disse ele afastando-a de si – Agora não é hora de estar com essas coisas…

Tom paralisou o seu olhar no seu lado direito. Observou dois vultos… era noite e por isso não conseguia identifica-los. Como estivesse hipnotizado aproximou-se vagarosamente, tentando perceber de quem se tratava. Os outros observam-no tentando compreender onde raio é que ele se dirigia. Tom parou repentinamente. Os dois vultos estavam sentados num banco e de costas para Tom. Conseguia ouvir risos, dos quais um era muito familiar. Aproximou-se ainda mais. Os dois corpos estavam encostados lateralmente. Reparou naquele cabelo feminino que dançava no vento e aí não teve dúvidas de quem se tratava. Começou a correr furiosamente até alcança-los. Ambos sobressaltaram-se quando viram Tom com um rosto completamente enfurecido.

- Tu és parva ou quê? Tens noção que estávamos todos preocupados contigo e tu estás a atirar-te a um gajo qualquer… Queres sentir peso na cama e estás tão desesperada que te atiras ao primeiro que te aparece à frente. Sabes o nome dele ao menos?

Ana levantou-se violentamente e compensou Tom com uma valente chapada.

- Que merda é que tu queres insinuar Tom? E por favor, não me confundas contigo, porque tu é que és assim, não eu…

Nessa altura chegou Maria, Bill e Sylvia ao local.

- Richard? Como és capaz de falares com esta nojenta de merda? – insultou Sylvia – És um traidor! Somos concorrentes e tu tens amizade com esta gaja?

- Qual é o mal? Nós somos rivais no palco, não fora dele! – retorquiu Richard.

- Olha que lindo, vês que romântico Ana? – comentou Tom cinicamente – Ele até te defende e tudo…

- Sendo assim o amor que sentes pela sylvia é imenso, dado que a defendes com unhas e dentes! – observou Ana dando um encontrão no peito de Tom. – Desculpem por não vos ter avisado e por vos ter preocupado, mas não foi por mal! Agora será que nos podem deixar à vontade? Eu e o Richard estava-mos a falar até que alguém idiota interrompeu a conversa…

- Tu não mandas em mim e eu só saio daqui se eu quiser! – informou Tom severamente.

- Richard tu não voltas a falar com esta cabra! Eu sou a tua irmã mais velha e só tens que me obedecer! – ordenou Sylvia

- O quê? – retorquiu Ana chocada – Vocês são irmãos?

- Sim, mas a única coisa que partilhamos é o sonho da dança, de resto ignoro-a ao máximo porque ela é uma pessoa extremamente cruel… - informou Richard com medo que Ana ficasse chateada com aquela notícia. Mas o que ele dissera era absolutamente verdade.

- Dá graças a mim que te deixei entrar no meu grupo. Mas também só te deixei entrar por pena e porque os pais me pediram muito. Tu não vales nada!

- Então Sylvia, vou fazer-te a vontade. Eu saio do grupo, já não te aturo mais…

- Boa, já devias ter feito isso há muito tempo! – indagou Sylvia e desaparecendo furiosamente do local.

- Mas Richard tu danças tão bem… é o teu sonho! Não podes desistir assim… - disse Ana delicadamente passando as suas mãos nas costas dele. – Isto é apenas uma ideia, mas acho que ninguém se iria importar. E que tal entrares no nosso grupo?

Aquela pergunta apanhou de surpresa toda a gente. Tom odiou a ideia, só de pensar que eles os dois passariam imenso tempo juntos.

- Eu acho realmente uma óptima ideia! – pronunciou Maria com um sorriso nos lábios.

- Pronto, basta apenas falar com o resto do grupo, mas em princípio não há problema nenhum! – comentou Ana.

- Isso era fantástico! Obrigada Ana, és uma querida! – Richard abraçou-a espontaneamente e intensamente. Sentia-se realmente feliz pelo o que ela estava a fazer por ele.

Tom também virou costas, sem avisar ninguém, Maria e Bill foram atrás dele.

- Bem, é melhor eu ir também, se não eles ainda vão embora sem mim!

- Claro, Ana! Obrigada mais uma vez…

 

Era Tom a conduzir e durante a viagem ninguém falou. Bill e Maria sentiam-se completamente estranhos. Aquele ambiente era deveras asfixiante e nenhum dos dois sabia muito bem o que fazer para acabar com aquilo.

- Tom, conduz mais devagar! – ordenou Bill.

- Não me apetece!

- Tom, já viste a velocidade que vais? – insistiu Bill já irritado com aquela condução extremamente perigosa.

- Não quero saber!

- Tom, queres matar-nos a todos? Tu não estás em condições de conduzir!

Tom acelerou ainda mais. Estava absolutamente irritado, e sempre que pensava no nome “Ana” ainda mais irritado ficava e só lhe apetecia carregar ainda mais no acelerador.

- Tom, por favor, agora estás a assustar-me! Vai mais devagar por favor! – pediu Ana baixinho.

- Tu nem sequer me dirijas a palavra! – ordenou furiosamente Tom.

 

Já no hotel, Ana e Tom entraram nos respectivos quartos enquanto Maria e Bill ficaram um pouco para trás.

- Podias dormir comigo, Maria! – pediu Bill beijando-a docemente.

- É melhor não! Passou-se muita coisa hoje e acho que a Ana precisa de mim, tal como o Tom precisa de ti…

- Pois, eu sei, mas não estamos juntos há tanto tempo…

- Eu sei, Bill e custa imenso, mas hoje acho melhor não!

- Tens razão… Então, boa noite, minha fofinha! Amo-te!

- Eu também te amo! – e despediram-se com um demorado beijo.

 

Quando Maria entrou no quarto, Ana já dormia, ou fazia que dormia. Sendo assim, deitou-se e adormeceu mais rápido do que poderia imaginar. Ana não estava de facto a dormir, não conseguia dormir, mais uma vez…

Sentiu-se sufocada naquele quarto e por isso vestiu um casaco em cima do pijama e saiu dali… Andava pelo corredor do hotel e passou à frente da porta do quarto dos gémeos Kaulitz. A sua mente parou, tal como o seu corpo. Sem perceber muito bem porquê ficou paralisada a observar aquela porta durante uns 10 minutos. Quando finalmente despertou do seu estado transe continuou o seu caminho. Não deu nem sequer três passos quando sentiu um barulho nessa mesma porta. Parou.

- Ana?

Ela voltou-se reconhecendo aquela voz que a arrepiava.

- Tom…

- Que estás aqui a fazer? – perguntou ele.

- Não consigo dormir e ia dar uma volta por aí… Acho eu!

- Ana… - pronunciou Tom aproximando-se dela.

- Sim?

- Desculpa a minha reacção, mas não aguentei ver-te com ele. Magoou-me mais do que poderia imaginar! Passei-me… Desculpa-me, por favor!

Naquele momento Ana, queria dizer-lhe tantas coisas, queria-lhe chamar tanta coisa, mas o seu coração falou mais alto e sem pensar puxou-o para si e beijou-o fogosamente. Ele retribuiu com todo o prazer.

- Suponho que isso seja uma aceitação ao meu pedido de desculpa. – disse ele apertando-lhe as ancas.

Ana saltou para a cintura dele, em pleno corredor de hotel…

- Faz-me feliz, Tom! Leva-me ao paraíso…

- Eu levo-te onde tu quiseres! Ambos os quartos estão ocupados, mas eu tenho uma ideia… Anda comigo! – Tom colocou-a no chão, agarrou a sua mão fria e arrastou-a consigo.

- Onde vamos?

- Levar-te ao paraíso! – Disse-lhe ele sorrindo deliciosamente para ela.

- Vá, não brinques! Diz-me lá…

- Fazer amor onde nunca fiz, mas onde sempre desejei fazer… Não imagines nada romântico, até é capaz de ser a coisa menos romântica possível e menos confortável, mas não há nada como juntar as quatro coisas que eu mais gosto no mundo: Tu, sexo, o meu carro e se quiseres podemos pôr música à mistura.

- Vamos para o teu carro? – perguntou Ana a rir-se daquela ideia absolutamente maluca.

- Não te preocupes, eu tenho lá um cobertor…

feito por danceandtokiohotel às 20:47 | link do post | mimar