Esta Noite Dançamos - Capitulo 26

Bem, não sei que diga em relação a este capitulo. A coisa vai ficar muito feia com o Tom e a Ana! Aqueles dois só funcionam a magoar-se um ao outro... Amor ou ódio? Descubram...

 

- Por favor, Tom! Não me faças essa pergunta! Eu não quero falar sobre isso! - pediu-lhe ela transparecendo um rosto triste.

- Porquê?

- Porque sim! Estou a pedir-te! – implorou ela.

- E eu estou a pedir-te que me contes!

- Para quê? Porquê?

- Ana, primeiro respondes à minha pergunta, depois respondo à tua! É o justo! – Tom aproximou-se lentamente dela com esperança que ela falasse.

- Pois, então temos pena, porque eu não te vou contar nada! – disse Ana com o rosto duro, mas com um olhar de derrotada.

- Ele é assim tão importante para ti?

- Ele? Ele quem, Tom?

- O rapaz da fotografia e do anel!

- Sim, era realmente muito importante para mim… - disse Ana com os olhos vidrados.

- Era?

- E é! Só que… - Ana calou-se e uma lágrima correu-lhe pela face.

- Só que o quê? Deixou-te? Traiu-te? – perguntou-lhe Tom a amargamente e cinicamente.

- Pára, Tom! Cala-te!

- Porquê? A verdade magoa assim tanto?

- SUA BESTA! – Ana gritou furiosa, atirou-o violentamente para a cama, colocou-se em cima dele e começou a bater-lhe no peito violentamente. Tom depois de várias tentativas amarrou-a pelos pulsos e colou-a a si, impossibilitando-a de concretizar qualquer movimento que fosse. As suas testas estavam coladas e ele bufava de irritação, tal como ela.

- Ouve lá, tu és parva? Passaste-te?

- Tu estavas a pedi-las! – disse ela ainda com a testa colada à dele.

- Tu deves ter algum problema, é que só pode!

- Não! Tu é que tens um grande e grave problema mental, idiota! Agora larga-me, vou-me embora! – ele apertou-a com mais força contra ele, para ela não se conseguir mexer – Larga-me parvalhão, já não te consigo ver à frente!

- Tu não vais a lado nenhum!... Nunca te imaginei assim, sabias? A chorar por amor? Por favor, deixa lá de ser fraca!

- Ouve lá paspalho! E o que é que tu sabes de amor? Nada… Tu és um coração de pedra, sem sentimentos! E eu não sou fraca! Agora deixa-me ir embora ou então tenho que te magoar novamente…

Tom deu uma enorme gargalhada sarcástica.

- Não me metes medo miúda! Já disse que daqui não sais!

- Depois não digas que não te avisei!

Ana dobrou o seu joelho violentamente e acertou no pénis de Tom. Ele dobrou-se queixando-se e sentou-se na cama. Ana aproximou-se dele e sorriu-lhe amargamente. Tom olhou para ela e não estava a perceber o motivo daquele sorriso, quando é surpreendido com uma enorme bofetada. Ela inclinou-se sobre o rosto dele e mostrou-lhe um rosto imponente.

- Espero que para a próxima faças o que eu mando! É muito melhor para mim, mas principalmente para ti… Agora se me dás licença, vou-me embora, sim?

- É uma humilhação saber que desejei tanto fazer sexo com uma miúda, quando ela é a pessoa mais demente do mundo! É normal que ele te tenha deixado ou traído… Tu és passada da cabeça!

Nesse momento Tom já tinha perdido a conta das lágrimas que corriam pela face bonita dela. Nunca a tinha visto assim. Já a tinha visto chateada, irritada, furiosa, mas ela ali estava vazia, triste e frágil. Ela limpou as lágrimas do rosto e por fim, falou:

- Ele não me deixou, nem me traiu. – disse abrindo a porta de saída e batendo-a com uma enorme força.

 

As horas passavam. Já anoitecia! Tom ainda se situava no quarto. Aquela tarde resumiu-se a estar em silêncio deitado na cama e a recuperar da tareia de Ana. Perguntava-se a ele próprio, onde é que ela estaria, se estava bem… Nem percebia, porque é que estava preocupado com ela, afinal ela tinha-o deixado num estado lastimável, ou melhor, o órgão sexual dele num estado lastimável. Farto daquela sedentariedade dirigiu-se ao quarto da Maria, para libertar os ‘prisioneiros’. Abriu vagarosamente a porta.

- Tom? – perguntou Maria ao vê-lo a entrar. – Finalmente! Nunca mais faças uma coisa destas, sim? Senão vais levar tanta coça que vais para o hospital…

- Sim, de coça já estou eu farto! – disse Tom desanimado – E vocês os dois?

- Meu irmão apresento-te a minha namorada: Maria – Disse Bill com um sorriso na cara. Aproximou-se de Maria abraçou-a e beijou-a docemente.

- Ui que eu vou vomitar! – queixou-se Tom das figuras deles.

- Cala-te parvalhão! – disse Maria a rir-se. – A Ana?

- Não sei…

- O quê? Não sabes? Como não sabes? Ela não estava contigo? – perguntou Maria assustada.

- Estava, só que nós discutimos e depois de ela me encher de porrada saiu e não sei para onde foi… Não sei nada dela há mais de 6 horas!

- Discutiram? Discutiram sobre o quê? Deve ter sido muito grave para ela te ter batido! Tom, que aconteceu? – Maria respirava preocupação.

- Nada demais! Eu é que lhe comecei a falar do ex-namorado dela e ela passou-se!

- Ex-namorado? Que ex-namorado? Ela nunca teve namorado, Tom! – explicou Maria já sem estar a perceber nada daquela situação.

- Ah? Nunca teve? Então aquele rapaz da foto não era o namorado dela?

Maria engoliu a seco e tal como a Ana os seus olhos também vidraram…

- Não, aquele não era o namorado dela! Ele era… era um dos nossos! Ele dançava connosco... Fazia parte do grupo! Era um dos melhores amigos da Ana!

- Era? – perguntou Tom estranhando ela ter usado todos os verbos no passado – Zangaram-se?

- Não! Ele… - Maria fez uma pausa e suspirou – Ele morreu, Tom!

Bill e Tom ficaram sem palavras. Tom estava à espera de ouvir tudo menos aquilo. Nesse momento sentiu-se sem forças e deixou-se cair na cama.

- O quê? – retorquiu Tom enquanto pensava em tudo o que lhe tinha dito - Eu sou uma besta de todo o tamanho! Eu não acredito que lhe disse aquelas coisas… Oh meu deus! Sou tão idiota, tão burro! Bill dá-me as chaves do carro!

- Tom já é noite! Que vais fazer? – disse Bill assustado com o estado do irmão.

- Vou procurá-la e não venho dormir enquanto não a encontrar… Dá-me a merda das chaves, Bill! É uma ordem!

- Mas Tom é impossível encontra-la assim! A cidade é grande e é noite!

- Tom, o Bill tem razão! Talvez ela até venha dormir aqui… - disse Maria tentando acalmar Tom.

- Talvez? Maria tu sabes tão bem quanto eu que ela não vem dormir… Ela sabe que tu estás aqui com o Bill… Não, ela nunca virá aqui dormir… Bill dá-me as chaves, imediatamente!

- Ok, mas vamos contigo! – informou Bill

- Não! Eu vou sozinho… A culpa foi minha, eu é que vou resolver isto!

- Tom, prometes? – indagou Maria – Prometes que a trazes de volta?

- Eu prometo, querida! - Tom pegou nas chaves e saiu a uma velocidade imbatível.

feito por danceandtokiohotel às 19:26 | link do post | mimar