Esta Noite Dançamos - Capitulo 20

Supostamente devia estar a estudar em vez de postar outro cap, mas eu não resisti! Espero que gostem :DD Ah, obrigada pelos comentários ao outro cap... Vocês são uns amores <3

 

Ana e Georg juntaram-se na mesa com o resto do pessoal. Os únicos dois lugares vazios era entre o Filipe e o Gustav e o outro era entre o João e o Tom. Como Georg fora o primeiro a sentar-se, Ana só ficou com a última hipótese: sentar-se entre o João e Tom. A mesa era em forma circular o que formava um ambiente muito mais agradável. Sendo assim estavam distribuídos desta maneira: Pedro, Filipe, Georg, Gustav, João, Ana, Tom, Bill e Maria.

Começaram a petiscar as fartas entradas que dispunham na mesa.

- Nós só viemos jantar, não viemos a um casamento ou assim uma coisa… Isto é um exagero! – disse Ana desconfortável com a situação, na verdade ela nunca esteve habituada a grandes luxos e era algo que ela não ligava minimamente.

- Relaxa… Não és tu a pagar! – objectou Tom sarcasticamente.

A forma como Tom disse aquilo feriu-a. Fê-la sentir como, de uma certa maneira, estivesse abusar deles e que a culpa de estarem a esbanjar dinheiro numa porcaria de um jantar fosse dela. Ana ainda pensou em responder-lhe, mas para espanto dela quando abriu a boca para falar, nada ecoou das suas cordas vocais. O seu olhar que estava ainda fixo aos bonitos olhos castanhos de Tom entristeceram e ela baixou o olhar para o seu prato como forma de se mostrar rendida àquele comentário. Tom percebeu-se do que a fizera sentir com o que ele próprio dissera e repentinamente a sua consciência pesou-lhe severamente, mas nada disse. Limitou-se a consentir com o silêncio dela.

Maria que testemunhou aquele momento, como os restantes da mesa, tentou animar aquele ambiente pesado que se formara.

- Então, Filipe? Estou admirada… Estás a jantar com os Tokio Hotel e ainda não disses-te nada! – Dissera ela a sorrir.

- Ainda não acredito! Belisquem-me… - sem estar mesmo a contar Georg beliscou-lhe o braço e Filipe estremeceu na cadeira – AU, isso doeu!

- Desculpa! Só fiz o que pedis-te! – disse Georg em tom de brincadeira. Repentinamente as gargalhadas de todos ecoaram no silêncio.

- Tudo bem, mas para a próxima avisa, por favor! – disse Filipe também a entrar na brincadeira… - Sendo assim não se vão importar de me dar autógrafos, pois não? Eu adoro-vos, a sério! Eu fui ao vosso concerto aqui em Hamburgo e enlouqueci literalmente. Foi fantástico!

- Foste ao concerto? – Perguntou Gustav com um sorriso na cara.

- Sim, fui e levei companhia: a Ana e a Maria!

Naquele momento olharam todos para as duas. Ana engoliu a seco e sentiu um calor insuportável no seu corpo. «Isto não pode estar a acontecer-me!» pensou ela já a suar.

-Obrigadinha Filipe! Nunca sabes estar calado… - disse ela amuada.

- Então a menina que odeia a música dos Tokio Hotel foi a um concerto deles? Sinceramente não estou a perceber… - Tom falava cinicamente e olhava-a de tal maneira que a asfixiava.

- Eu só fui, porque fui obrigada a ir! – tentou ela defender-se.

- Obrigada? Pensas que caio nesse? Porque é que és mentirosa? Ninguém vai a um concerto obrigado. Se foste é porque gostas da nossa música, no entanto passas a vida a criticar e a ser parva e bruta comigo! Em que mais é que mentes, ah?

Ana levantou-se tão violentamente que a sua cadeira até caiu para trás.

- Ouve lá cabrão! Podes chamar-me o que quiseres, mas não admito que me chames mentirosa. E sabes porquê, Tom? Porque eu não minto, nem menti… Eu não gosto da vossa música, só fui ao concerto porque o Filipe obrigou-me, ponto final. Agora eu cago para se acreditas ou não, percebes-te?

Tom nunca vira tal fúria nos olhos de Ana. Ela estava mesmo em explosão total…

- É verdade! – disse Filipe tentando resolver o que começou – Como eu não fui ao vosso concerto em Portugal, para não faltar ao aniversário dela, obriguei-a a ir ao vosso concerto aqui em Hamburgo… A Maria foi, porque a Ana pediu-lhe muito. Segundo ela, ela não queria ir sozinha com um fanático!

- Vês, palerma? – disse Ana ainda com aquele olhar tão enraivecido que era capaz de furar carne e osso direccionado para Tom. – És uma besta de todo o tamanho. Para a próxima está mas é caladinho… - fez uma pausa e respirou fundo – Com licença, vou à casa de banho! – disse saindo a passos rápidos e deixando a cadeira ainda no chão.

Maria saiu rapidamente da mesa e foi ter com ela. Não ia deixar Ana sozinha naquele estado. Por momentos todos ficaram paralisados com aquela situação. Ficaram todos de boquiabertos sem saber o que dizer. Tom deslizou o seu corpo vagarosamente na cadeira, ficando quase deitado. O seu rosto estava frio, mas entristecido. O seu olhar tornou-se distante tal como a sua mente. Ficou abalado com aquilo tudo.

Bill estava a impaciente. Queria acabar com aquela mudez. Aquele jantar estava a ser, sem dúvida, a coisa mais estranha da vida dele. Desde o inicio que estava junto de Maria e com aquela confusão toda quase que nem conseguiu falar com ela seriamente e serenamente. Uma coisa era certa, se não falava com ela, falaria com alguém próximo dela para descobrir mais coisas acerca dela e que ele andava à muito por saber.

- Filipe, posso perguntar-te uma coisa?

- Sim, acho que sim… Quer dizer parece que já estraguei ao falar demais!

- Não estragas-te nada, Filipe. O Tom e a Ana só estão é bem a estrangular-se um ao outro. O que queria perguntar era sobre a Maria… - Bill fez uma pausa – Ela tem, ou já teve namorado?

- Bem, ela não tem namorado, mas teve. Acabou com ele acerca de um ano!

- Acabou? Porquê? – perguntou Bill curioso.

- Ela apanhou-o com outra!

- O quê? A sério? – Retorquiu Bill indignado com aquela resposta. Georg e Gustav também ficaram meios abananados com aquilo. Até Tom que estava praticamente noutro planeta se endireitou rapidamente na cadeira para ver se tinha ouvido bem…

- Sim, é verdade! O tipo foi um cabrão… Ela não merecia nada daquilo! – confirmou Filipe – A partir daí ela não quis saber mais de rapazes!

- Realmente como é que alguém teve lata de lhe fazer isso? Ela é tão simpática, doce e bonita… - Bill falava de coração.

Tom rasgou o seu rosto com um sorriso maroto para Bill. «Meu irmão, tu estás apanhadinho por ela!» era isto que o seu sorriso queria exprimir.

Formou-se breves segundos de silêncio até que Tom também quis abrir o jogo.

- Já que estamos a falar nisso, diz-me também uma coisa, Filipe… A Ana? Ela também tem ou teve namorado? - perguntou Tom doidinho de curiosidade.

feito por danceandtokiohotel às 18:02 | link do post | mimar