# Esta Noite Dançamos - Capitulo 34
Hi! Postei mais cedo do que o costume eu sei, mas a escola daqui a nada começa e depois não tenho tempo x)
Enjoy*
Ana acordou com o vibrar irritante do seu telemóvel. Meia sonolenta reparou que tinha 3 mensagens e 5 chamadas não atendidas. Pertencia tudo a Tom, como era habitual nos últimos dias. Leu as 3 mensagens que diziam respectivamente “Responde-me por favor, não aguento mais. Desculpa.”; “Tenho que falar contigo, ouvir-te… Não achas que já me castigas-te que chegue? Nem tenho dormido em termos… Tenho saudades tuas, imensas! Não vejo a hora de te ver novamente, de te tocar e sentir. Amo-te”; “Bom dia. Olha parece que tudo conspira contra mim. Estava previsto chegarmos aí amanhã, mas as coisas atrasaram-se e talvez tenhamos que ficar aqui mais uns dias… Agora provavelmente é que nunca mais me perdoarás. Desculpa por não te poder ir conseguir ver amanhã a tua actuação. Eu sei o quanto isso é importante para ti. Desculpa por tudo. Só quero que saibas que te amo verdadeiramente.”
Ana desligou o telemóvel e atirou-o violentamente para cima da cama. Naquele momento não ia pensar no Tom, não queria. Ia acalmar-se, preparar-se pois Richard devia estar a chegar, afinal ele prometeu-lhe diversão. Dali a meia hora ouviu a baterem à porta e foi a correr abri-la.
- Bom dia Richard! – cumprimentou ela com um beijo no rosto.
- Olá querida… Vamos? – sorriu-lhe ele, oferecendo-lhe o braço.
Entraram no carro e depois de 20 minutos de viagem, Ana já não reconhecia onde estava.
- Onde vamos? – perguntou ela curiosa.
- Quando te disse que nos íamos divertir estava a falar muito a sério… - disse-lhe piscando-lhe o olho.
No momento em que Richard acaba de falar, Ana sentiu o carro a parar. Olhou em volta e viu um parque enorme repleto de diversões. Ana arregalou os olhos.
- UAU, eu não acredito… Isto é demais! Montanhas russas, oh meu deus, nem imaginas o quanto eu gosto disso! - abraçou-o com um sorriso luminoso. Ele apenas sorriu também. Ali viu-a feliz.
Passaram o dia em reboliço, sempre de um lado para o outro para experimentar tudo. Ana parecia uma criança ali no meio. Aquilo era ao que ela chamava pura diversão e aí testava o seu batimento cardíaco, a sua fraqueza, a sua coragem, a sua persistência.
Eram já 7 da tarde quando saíram de lá. Estavam cansados, mas alegres.
- Eu adorei isto, Richard! – comentou ela ao entrar no carro e sentando-se pesadamente.
-Tu és tola… Logo na primeira volta da montanha russa quase que vomitei e tu ainda me obrigas-te a andar contigo mais três vezes!
- Mas não vomitas-te, por isso é porque não estavas assim tão mal. – disse-lhe ela a rir-se, lembrando-se da cara pálida dele…
- Eu estava bastante mal, mas como gosto demasiado de ti, não te ia fazer essa desfeita… - olhou-a nos olhos quando lhe disse isto. Sentiu-a a retrair-se.
Nesse momento, Ana sobressaltou-se com o toque do seu telemóvel. Procurou-o rapidamente na sua mochila e atendeu.
- Sim?
- Ana, sou a Maria. Olha demoras? – perguntou ela rapidamente
- Acho que não.
- Ainda bem! – disse Maria com uma respiração histérica
- Porquê?
- Nada, era só para saber…
- UHM, não me parece… Pareces demasiado feliz e ansiosa. – observou Ana.
- É impressão tua… - compôs Maria
- Estás com voz de caso, eu sei que sim!
- Já te disse que é impressão tua… - insistiu.
- Pois, talvez. Mais alguma coisa?
- Não, não! Obrigada. Até já, então…
- Até já… - disse Ana desligando. Por breves segundos paralisou com o telemóvel na mão e pensou no que raio é que a Maria poderia estar a tramar, mas como não lhe ocorreu nenhuma resposta desistiu de tentar perceber.
- Está tudo bem? – perguntou Richard ao observar aquela reacção.
- Sim, sim, só estava aqui a pensar.
- Deu para perceber… - fez uma doce pausa - Então o dia valeu a pena, não valeu?
- Claro que sim. Nem sei que te diga… Eu adorei.
- Diz-me que agora jantas comigo! – pediu ele lançando-lhe novamente aquele olhar que a deixava desconfortável.
- Jantar? Não sei… Eu disse à Maria que não demorava!
- O jantar também não vai demorar uma eternidade… É rápido, vá lá…
- A tua sorte é que estou cheia de fome, mas haver se não demoramos!
- Como queira, Senhorita…
Entraram num restaurante barato e ambos optaram por comer pizza.
- Deixa-me limpar o queijo que tens aqui no canto da boca. – sem ela ter tempo de reacção ele aproximou-se e elevou o seu dedo até á boca dela acariciando-os. As suas bocas estavam agora a meros milímetros. Ana sem pensar, afastou-se ligeiramente dele e voltou a respirar.
- É melhor irmos embora, Richard…
-Claro, só vou pagar!
No caminho nenhum dos dois falou.
- Bem, obrigada Richard! – despediu-se ela saindo rapidamente do carro.
- Espera! – pediu Richard indo atrás dela. – Desculpa aquela cena, Ana. Foi sem pensar… Eu sei que não devia ter feito aquilo, mas tu és tão bonita que ninguém resiste… - disse ele olhando-a nos olhos e reparando no olhar concentrado dela. Depois suspirou – Não gostava que a nossa amizade mudasse… A sério, foi um acto irracional, não sei em que é que estava a pensar. Desculpa a sério!
Ela sorriu-lhe por admiração dele:
- Está tudo bem, Richard… A nossa amizade não vai mudar. És um grande amigo, sabias?
- És uma querida… Será que me dás licença para te acompanhar até lá cima?
- Claro, seria um prazer! – respondeu-lhe ela piscando-lhe o olho.
Quando Ana abriu a porta do quarto de hotel, ambos se riam que nem perdidos. Entraram, Ana fechou a porta vagarosamente e nesse momento Richard deu-lhe um beijo inocente no rosto. Ambos rodaram e Ana assustou-se com o que estava a ver. Na verdade todo o seu corpo e mente petrificaram. Um pavor entranhou-se nela. Aquilo tinha-a apanhado completamente desprevenida. Viu rostos confusos, mas reparou num em particular, num rosto bonito e doce, esse estava astuto e parecia desiludido. Naquele momento sentiu-se inútil, não encontrava o raciocínio dentro dela, por mais que tentasse. O seu coração palpitava forte, tão forte que quase que explodia no seu peito. O rosto astuto aproximou-se e a repiração dela tornou-se acelerada e sufocante. Deu um passo para trás, tentando encontrar ar puro, pois aquele parecia venenoso.
Toda aquela excitação começou a normalizar e depois daquele pouco tempo, que para ela pareceram horas, falou finalmente:
-Tom?