Esta Noite Dançamos - Capitulo 13

Este cap como prometi é para duas meninas muito queridas: danyelakaulitz e Chinesa11. Só espero que gostem porque considero este cap muito especial :DD

 

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Só se ouvia a respiração de ambos e a Ana reparou que a sua estava anormalmente acelerada tal como as batidas do seu coração. Talvez fosse do susto.

No meio do estúdio meio escuro ela identificou quem é que a tinha amparado. Ele ainda a amarrava pelo braço.

- Larga-me idiota! Eu sei que tu não gostas nada de mim, mas tu queres matar-me de susto, parvalhão? - disse ela furiosa com o susto que apanhara.

- Vê lá o que dizes ò miúda! Se quiseres também me ponho aqui a chamar-te nomes e acredita que não são agradáveis. - ele estava com o rosto duro.

Ela respirou fundo durante algum tempo e acalmou-se.

- Desculpa - disse ela baixinho e a custo - Assustaste-me, foi só isso, Tom...

Ele fitou-a com os seus olhos castanhos e quebrou o silêncio pesado que se formara.

- Que fazes aqui a esta hora? Não devias estar já a dormir? Os patinhos já deram à muito.

Se Tom tivesse que descrever os olhos da Ana depois de dizer isto, ele diria «Uma autêntica bomba prestes a explodir, e se explodir será tóxica como veneno.»

- Não tenho sono - disse ela em vez de «Estou nervosa e não consigo dormir» - Olha Tom, não comeces com as tuas piadinhas secas e irritantes. Hoje estou tão 'sem paciência' que nem perco tempo a ouvir-te ou a responder, antes de acabares a frase já estás a levar!

- Ui, que ela está brava! - disse ele com um sorriso trocista.

- Tom Kaulitz! - o tom dela era alto, quase como uma ordem para ele se calar.

- Tocas muito bem. Tens imensa flexibilidade nos dedos! - disse ele inesperadamente.

Como ele a irritava! Num momento estava armado em bobo da corte com as suas piadas foleiras e agora estava a elogia-la? «Mas quem é que o percebe?» pensou ela.

Ela não respondeu ao comentário positivo dele.

- Estou admirado! És tão dura, irritante e temperamental que nunca imaginei ver-te à frente de um piano e a tocar lindamente - Ele transmitia realmente uma expressão de surpresa.

- Nesse caso Tom Kaulitz, também nunca pensei ver alguém tão tarado, idiota e arrogante à frente de um piano!

Ele franziu-lhe os olhos.

-Como é que tu sabes que eu toco piano? - Para uma fã da banda a resposta àquela pergunta era a coisa mais fácil do mundo. «Mas ela não é uma fã, nem sequer conhece o nosso trabalho», pensou ele «Mesmo que ela mudasse de ideias e ouvisse o nosso novo álbum inteiro, como é que ela saberia que sou eu que toco piano? Podia ser outra pessoa qualquer...»

- Eu sei porque... - mas calou-se. Já ia meter o pé na argola. «Eu sei porque eu vi-te no concerto (que fora obrigada a ir) a tocar pela primeira vez» seria assim que ela acabaria a frase. Mas ele nunca poderia saber que ela fora ao concerto, por isso tentou dar a volta à situação - Bem Tom, da maneira que falas-te "Tens imensa flexibilidade nos dedos" é porque percebes alguma coisa de piano. Logo, suponhei que tocasses.

- Pois - dissera ele desconfiado, mas não se ia preocupar em tirar aquilo a limpo, ainda estava admirado com ela - Não sabia mesmo que tocavas piano! Surpreendeste-me Ana...

Ela mostrou-lhe um sorriso sarcástico.

- Há muita coisa sobre mim que não sabes e que te surpreendia!

Ele aproximou-se dela e por um milímetro os seus corpos não colidiram. Ele olhava-a nos olhos.

- E não me queres dizer que coisas são essas que me surpreenderia? - disse ele com uma voz sedutora e acariciando-lhe o seu suave pescoço. Com aquele toque o coração da Ana formou ritmo e uma batida foi anormalmente intensiva e forte. Estava a ser levada pelos encantos dele apesar de estar a fazer um grande jogo psicológico contra isso. Ele aproximou a sua cara da dela. «Ele é tão bonito» pensara ela. Nunca imaginara que ele fosse assim tão bonito, ele não tinha qualquer defeito na cara. Até aquele piercing que ele tinha no lábio inferior sempre o achara horripilante, mas naquele momento, no momento em que os seus lábios quase tocavam, achou aquele piercing sedutor e engraçado. Ele sempre a achara bonita, bonita de morrer! Ainda não se tinham beijado quando ele pousara as suas mãos na cintura dela. De repente o subconsciente da Ana acordou-a daquele momento em câmara lenta. «Não pode ser! Eu não vou ser mais uma que ele acrescenta na lista...»

- Seria um desperdício de tempo que eu teria só para te contar, Tom. E perder o meu rico tempo contigo? É que nem pensar. Preferia perder o meu tempo a ouvir música de merda do que perder o meu tempo contigo.

Ana colocou as suas mãos paralelas no peito do Tom e empurrou-o bruscamente. A distância entre eles era agora cerca de três metros. E aquela distância magoava-a tal como o magoava a ele. Ela nunca desejara tanto alguém tal como ele nunca desejara tanto uma rapariga como ela. Ambos sentiam-se estranhos com aquele desejo inconcebível. Era algo assustador.

- Adeus e boa noite! - disse ela a tentar fugir da tentação de saltar para cima dele e devora-lo.

- Amanhã eu e o Bill vamos assistir ao concurso de dança! - disse Tom ainda atordoado com a resistência dela e com aquela resposta que ele queria que fosse como um tiro ao seu ego, mas não! Aquela resposta foi como um tiro no coração.

- E o que é que isso contribui para a minha felicidade? - perguntou ela amargamente. Queria tirar aquele desejo da cabeça, por isso começou a agir como sempre fazia com ele. A irritá-lo e a ignorá-lo ao mesmo tempo.

- Nada, acho eu! É que eu conheci uma rapariga que anda nesse concurso. Chama-se Sylvia, conheces? Vou vê-la com o meu irmão e acho que ela vai gostar...

- Não. Não conheço! - Ana estava aterrorizada. Ele só ia ao concurso por causa de uma gaja e não por ela. Com Tom havia sempre a outra. Devia ser uma para irritar e outra para levar para a cama. «Eu sou a que ele irrita, a tal Sylvia é para ele se deliciar na cama». Ana baixou o olhar e foi em direcção à porta do estúdio, abriu-a e desapareceu.

 

à que comentar minha gente :DD

feito por danceandtokiohotel às 09:12 | link do post | mimar