# Esta Noite Dançamos - Capitulo 12

Dedico este post à Billzinha porque arrisquei. Está maior do que os outros. Só espero que isso não vos assuste e que não desistam de ler. Espero mesmo que gostem e claro que comentem :DD

 

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Passaram os dois dias seguintes a ensaiar arduamente e já tinham tudo na perfeição, ou quase tudo.

- Já é amanhã à noite a nossa primeira actuação! Estou tão nervosa, céus. Não quero que sejamos já um dos três primeiros grupos a serem eliminados - disse Maria assustada.

- E não seremos! - comentou Ana - Temos tudo para chegar ao fim! Temos amor e isso é a alma da dança... e claro também temos uma óptima coreografia e dançarinos do melhor que pode haver...- disse a Ana a sorrir, mas a verdade é que estava aterrorizada com a actuação.

- Pois isso é tudo muito bonito, mas é hora de almoço e tenho fome! - queixou-se Filipe - Quem é hoje a ir buscar o almoço? Ontem fui eu...

- Sou eu - respondeu a Ana - Vou à pizzaria que fica perto do hotel, pode ser?

- Pizzas? - disse Filipe com um sorriso na cara - Fantástico! Despacha-te, porque já estou a sonhar com elas...

 

Quando chegou à pizzaria Ana deparou-se com uma fila enorme que não parava de crescer.

- Olha a nossa maior fã - disse alguém numa voz irónica, mas doce ao mesmo tempo. Ela virou-se rapidamente para trás.

- Georg? Que surpresa... - disse ela sorrindo-lhe - Também vens às pizzas?

- Parece que sim. Hoje calhou a minha vez de alimentar aquela malta toda! - depois fez uma careta - O pior é que cada um come 2 pizzas e meia!

- Vá lá, não desesperes! Eu ajudo-te.

- Bem para quem não gosta nada de nós és a simpatia em pessoa!

Ela sorriu com aquele comentário:

- Posso não apreciar em nada a vossa música, mas isso não quer dizer que não possa apreciar-vos como pessoas. - fez uma pequena pausa - Na verdade até parecem ser todos aceitáveis como pessoas. Ou quase todos!

Georg não comentou, mas sorriu. Sabia perfeitamente que ela se referia ao Tom quando corrigiu "todos" para "quase todos".

 

Depois de alguma espera já estavam à frente da porta do quarto da banda.

- Queres entrar? - perguntou Georg à Ana.

- Não acho boa ideia. Tenho gente à espera e furada de fome. - respondeu-lhe a apontar para as pizzas. - Adeus, Georg. Alimenta-te! - acabou ela e piscou-lhe o olho.

- Adeus e muito obrigada, a sério! Foste uma santa...

 

Georg entrou no quarto meio atrapalhado com tanta pizza nas mãos.

- Chegaram as vossas pizzas pançudos!

Como ele agarrava as pizzas em forma de castelo, não via nada do que estava à sua frente e tropeçou em qualquer coisa que tinha no chão desequilibrando-se. Tom ainda chegou a tempo de salvar as pizzas, mas o Georg não. Estava estendido no chão a queixar-se das costas.

- Desculpa Georg! Tu não interessa se caíres, mas com estas pizzas isso não poderia acontecer. Seria um desperdício!

- Que engraçadinho, Tom! - disse Georg já a pé.

Entretanto chegaram Bill e Gustav à sala onde Tom e Georg estavam.

- Eh, tanta pizza! - comentou Gustav - Como é que consegui-te traze-las até ao hotel sem te espalhares?

- Tive ajuda!

- Ajuda? - repetiu Tom.

- Sim, da Ana!

Tom já estava com uma fatia de pizza na boca e quado ouviu aquilo quase que se engasgava: - Da Ana? - perguntou estupefacto

- Sim, ela estava lá e ofereceu-se para me ajudar. - Tom não comentara, estava mais interessado em devorar a fatia de pizza, por isso Georg continuou - Ela é bastante simpática, mesmo! Mas na verdade foi tudo estranho.

- Eu percebo Georg! - disse Tom ainda a mastigar e a lamber os dedos. - Como ela é tão antipática para mim, achas-te que ser simpático contigo foi algo estranho, como estivesse a preparar alguma... - depois de breves segundos a pensar Tom reagiu como o chão estivesse a arder - Já sei, já sei o plano dela. Ela quer se aproximar de ti, para descobrir os meus pontos fracos e depois usá-los contra mim - olhou para Georg muito sério - Não sejas um traidor da nação, Georg Listining. Está mas é caladinho e não lhe contas absolutamente nada sobre mim!

Bill pôs a sua mão na testa do gémeo:

- Tu estás a delirar, só pode! Já estás a fazer um filme psicótico só te falta juntar sangue...

Georg e Gustav ainda estavam às gargalhadas com a mente tão básica e alucinante do Tom.

- Não é nada disso! - disse Georg - Eu só disse que foi estranho, porque nós os dois falamos normalmente e vocês sabem que encontrar uma pessoa na rua neste momento e tentar falar com ela normalmente é impossivel...

Tom encolheu os ombros como quem não queria saber.

- Amanhã à noite vou assistir ao tal concurso de dança! - informou Tom, querendo esquecer o assunto anterior - Alguém quer vir?

Bill deu uma gargalhada: - É impressão minha ou tu estás apanhadinho pela Ana? Até a queres ir ver dançar...

- A Ana? - Retorqui Tom - Quem te disse que vou por causa dela? - fez uma pausa - Ontem conheci uma rapariga toda boazona. Chama-se Sylvia. Curiosamente também participa nesse concurso de dança e eu como sou um tipo romântico vou lá para fazer-lhe uma surpresa!

- Essa é para rir Tom Kaulitz. - disse Bill - Tu és um tipo tudo menos romântico. Tudo bem que até queres ver essa rapariga a dançar, mas continuo a achar que também queres ir pela Ana...

- Bill eu ignoro essas tuas palavras sem nexo nenhum. Vens ou não?

- Sempre foste muito bom a ignorar... Sim, eu vou!

 

A noite já ia longa quando a Ana fora a única que ainda não tinha adormecido. Já estava farta de andar às voltas na cama e decidiu sair do quarto, sem acordar a Maria. Estava tão nervosa com a actuação que seria na noite seguinte que chegara a ser estranho para ela. Quando deu por ela estava no estúdio, sem saber muito bem porquê. Olhou em redor e viu que o espaço onde costumavam ensaiar estava invadido por diversos instrumentos. Havia uma bateria, guitarras e um lindo piano no centro. Desde pequena que aprendera a tocar piano e sempre adorava a sensação de fazer explodir uma suave melodia que calava o silêncio e apoderava-se do vazio. Tocar piano sempre fora uma maneira de a acalmar e encontrar paz de espírito. Quando tocava sentia-se dentro da beleza dos deuses, sentia no coração uma liberdade elegante e suave, quando tocava todos os seus sentidos desligavam, menos o auditivo. Sim, quando tocava só ouvia o som maravilhoso do piano a ecoar no vazio e a triunfar na sombra.

Com um sorriso na cara e já sentada lançou as suas bonitas mãos no teclado. Tocava de olhos fechados. A cabeça e o seu tronco movimentavam-se ligeiramente. Estava completamente presa à alma da música e à sua própria alma. Estava tão absorta do tempo e da realidade que quando sentiu alguma coisa a tocar-lhe nas costas deixou escapar um grito e deu um pulo na cadeira. Só não caiu porque alguém a agarrou. Formou-se um silêncio sufocante. Agora nem uma única nota saia do piano.

 

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Comentem para postar o próximo cap. :DD Thank You!

I feel: :S
music: Airplanes - Hayley ft. B.o.B
feito por danceandtokiohotel às 20:10 | link do post | mimar