Esta noite dançamos - Capitulo 35

Hi... A escola vai começar, infelizmente. Por mim era mais uma semaninha de férias, mas...

Bem, dedico este capituli à caty, MM, iogurta; ♥!, *Panic* e à JezzTH :D Obrigada por tudo.

Faltam 4 capitulos para acabar esta fic :)

 

- Sim, parece que sou eu! – disse ele criticando – Que estavas a fazer com este gajo? – vociferou ele.

- Tom, eu…

- Tom? – retorquiu ele - Tens noção do que nós fizemos para conseguir estar aqui hoje? Tens? Isto era uma surpresa para vocês e encontro a minha namorada com outro gajo?

- Namorada? – perguntou Richard surpreendido.

- Não. – respondeu ela. Depois voltou-se para Tom – Em primeiro eu não ando com outro gajo. Ele é meu amigo! Em segundo tu não venhas aqui com lições de moral porque que eu saiba não fui eu que fui para o Chile sem avisar… E em terceiro, e esta que fique bem esclarecida: eu não sou tua namorada, sabes bem disso! – respondeu-lhe ela agressivamente.

-  Não és, mas era ao que ambos tencionávamos chegar.

- Mas isso interessa alguma coisa agora? Sabes o que interessa? Teres bons argumentos por não me teres avisado que ias para o Chile, porque aviso-te já que não vai ser fácil eu desculpar-te…

- Bem, parece que alguém precisa de falar. Vamos embora… - comentou Bill para Maria e Richard. No quarto só ficou Ana e Tom. Ambos estavam magoados e furiosos.

- Depois de te ver com aquele gajo, perdi toda a vontade de implorar por perdão… - disse Tom encolhendo os ombros e mostrando um olhar de desilusão.

Ana riu-se secamente

- Aquele ‘gajo’ tem nome e eu não estou aqui para te adorar, Tom, por isso faz o que bem entenderes. Não tenho paciência para isto, juro que não tenho!

- Faço o que bem entender? Sabes o que me apetece agora?

- Bater-me? – provocou ela.

- Resposta errada. Apetece-me a ti. Apetece-me beijar-te e não o fazer queima-me por dentro. Mas eu tenho orgulho e não o farei, por isso não posso fazer o que bem entender…

- Bem, então é melhor ir-me embora e assim ficamos ambos felizes. Tu não te tentas a beijar-me e a perder o teu orgulho e eu não vejo mais à frente essa cara de paspalho e cobarde que, sinceramente, me faz sentir enjoada! – ela estava fria com as palavras. Queria-o esmagar, tanto como ele esmagou o seu coração. Pegou no casaco e dirigiu-se à porta, até que foi impedida por ele, que a agarrou pelo braço violentamente.

- Porque é que és tão venenosa, caramba? Isso deixa-me fora de mim, acredita! Já chega ok? Ouve-me…

- Ouço-te? Mas tu não disses-te que perdes-te a vontade toda de implorar e blá blá blá? – perguntou ela cinicamente. Tom colocou as maos na testa e explodiu.

- CALA-TE!  - toda a sua ira transparecia nos seus olhos. Viu o corpo dela sobressaltar-se e a encolher-se. Viu-a assustada e amedrontada. Os olhos dela começaram a vidrar… Uma lágrima correu-lhe pelo rosto. Ele assustou-a verdadeiramente e percebendo isso, Tom com toda a força dos seus remorsos puxou-a para si e abraçou-a fortemente para ela se sentir em segurança.

- Desculpa, eu não queria ter feito aquilo daquela maneira. Desculpa. Eu amo-te, Ana. Tu és o meu mundo… Oh meu deus, desculpa! – disse-lhe com o rosto dela encostado ao seu peito e a beijar-lhe a parte de cima da nuca. Ali sentiu aquele cheiro exótico do cabelo dela. Sempre adorou isso.

Ana afastou-o lentamente, ainda com o rosto molhado. Elevou os seus dedos ao seu rosto e limpou a última lágrima. Não lhe disse nada. Olhava-o nos olhos dolorosamente e de repente virou costas e foi em direcção à porta.

- Ana por favor, não me faças isso! – pediu-lhe ele já desesperado. Ela olhou-o mais uma vez. Amava-o tão intensamente que nem sabia como era possível. Deixou-se ficar no mesmo sitio enquanto o viu aproximar desarmado e inocentemente. Puxou-a contra si muito delicadamente, acariciou-lhe o rosto de uma maneira tão profunda que a fez arrepiar. Ele sorriu-lhe – Acho que vou perder o meu orgulho… - depois de ter pronunciado estas palavras, Tom aproximou os seus lábios do dela e quando ambos colidiram um sentimento selvagem descontrolou-os… Agarraram-se um ao outro como animais.

Não queriam saber onde caíriam. Só queriam continuar a sentir aquela chicotada de prazer, continuar a sentir aquele maravilhoso latejar de prazer dominar-lhes o corpo. Rodopiavam em direcção a um mundo louco de sensações requintadas, e cada toque, cada sabor, acrescentava ainda mais prazer. Ana não pensou em mais nada senão tê-lo e senti-lo. Queria sentir os músculos dele estremecer, sentir o calor sair-lhe em catadupa dos poros.

Caíram sobre a cama, frenéticos e sem fôlego e rebolaram nem emaranhado erótico de pernas e braços sobre os bonitos cobertores. Tom queria enterrar-se dentro dela até o mundo acabar.

(…)

- Porque é que acabamos sempre na cama? – perguntou ela com o seu corpo despido sobre o corpo nu dele e brincando com o seu nariz.

- É muito amor! – respondeu-lhe ele oferecendo-lhe um sorriso maroto e rebolando com ela na cama, ficando agora ele sobre ela. – Como é que é possível haver um ser tão bonito como tu? Confesso que me deparo com essa pergunta à bastante tempo, mas não encontro resposta… - informou ele delicadamente e beijando-lhe carinhosamente o pescoço dela.

- Tom? – Ripostou ela fazendo com que ele a olha-se nos olhos. – Fiquei mesmo magoada, por não me teres dito nada. Nem sei como é que acabei de fazer sexo contigo… Enfeitiças qualquer uma e isso não vale…

Tom levantou-se de cima dela e caiu de costas na cama com as duas mãos na cabeça. Olhava para o tecto fixamente. Ana sentiu o calor do corpo dele a abandona-la e estremeceu puxando de seguida os lençóis para cima dela.

- Ana, eu sei que ficas-te magoada e dou-te toda a razão. Não sei o que me passou pela cabeça para não ter contado nada… - fez uma pausa por breves segundos. Deixou de olhar para o tecto e encostou-se a ela. Procurou os bonitos e grandes olhos castanhos dela. – Tudo o que eu quero é ver-te feliz e sei lá, acho que tive medo e… - suspirou fundo – Eu faço tudo por ti! Eu era a pessoa mais egoísta do mundo e nunca admiti isso. Era tudo ‘eu, ‘eu’ e mais ‘eu’ e não queria saber de mais ninguém, mas agora isso mudou. Sinto que gosto mais de ti do que de mim próprio. Não imaginas o que eu sinto quando estou contigo, não imaginas as enumeras coisas que tu me fazes sentir, não imaginas o bem que me fazes. Não imaginas o quanto eu preciso do teu perdão, neste momento…

Ana sentiu-se sem defesas para aquelas palavras. Nunca ninguém a tinha feito sentir assim, tão especial. Nunca ninguém lhe tinha dito coisas tão profundas. Simplesmente não sabia o que dizer. Sabia que o amava, era a única coisa que tinha a certeza naquele instante.

- Por favor, diz alguma coisa… - pediu ele vendo aquele olhar distante.

- A aceleração de um objecto é directamente proporcional à intensidade de resultante das forças que actuam sobre ele, e inversamente proporcional à sua massa… - saiu-lhe aquilo da boca sem pensar. Sentiu-se absolutamente ridícula.

- Ah? – retorquiu Tom franzindo o olho e completamente confuso.

- Esquece, não sei que me deu para estar a falar na 2ºLei de Newton. Acho que a minha cabeça não está a funcionar lá muito bem, talvez esteja a precisar de um banho… - esclareceu Ana atrapalhada com toda a situação. Levantou-se da cama rapidamente e correu para a casa de banho. Para trás deixou Tom a rir-se e completamente abananado.

- Ana? Posso entrar? – pediu ele batendo á porta. Dali a dois segundos observou a porta a abrir e ao lado um rosto tímido e inocente.

- Fiz figura de parva não fiz? – perguntou ela ainda sem acreditar no que dissera.

Ele sorriu-lhe deliciosamente e abanou com a cabeça negativamente.

- Sempre fiquei a saber mais alguma coisa de Física e química…

-Oh não gozes… - pediu ela baixando o olhar.

- Anda cá boneca! – amarrou nela e beijou-a loucamente. Foram ambos para a banheira e a água quente correu nos seus corpos bem definidos e excitados. Foi um banho muito demorado, mas erótico, repleto de ar louco, sensações selvagens e movimentos apaixonados.

music: Lost - Coldplay
feito por danceandtokiohotel às 19:54 | link do post | mimar